Especulação imobiliária em Portugal

Os valores dos imóveis em Portugal não condizem com a realidade do salário mínimo
Os valores dos imóveis em Portugal não condizem com a realidade do salário mínimo

Chegamos em Portugal em fevereiro de 2018, naquela época já era difícil conseguir alugar, ou melhor, arrendar um imóvel, como se diz aqui. Hoje em dia, não está diferente e acredito que esteja mais difícil dadas as circunstâncias pós-pandemia e uma possível bolha imobiliária.

Enquanto Portugal estiver na crista da onda, enquanto houver muita procura por imóveis, os valores dos apartamentos e das casas não vão cair. É a velha questão da procura e da oferta. Com a onda crescente de estrangeiros de várias nacionalidades que vêm para trabalhar e morar em Portugal nos últimos anos devido ao incentivo de vistos e legalização do governo português, Portugal se tornou o lugar preferido na Europa.

Em 2023, o salário mínimo em vigência é de 760,00 Euros, um dos mais baixos de toda a Europa, mas mesmo assim, muitos brasileiros preferem deixar o país em busca de melhores condições de vida, segurança, oportunidade para trabalhar e ter documentos. São vários seguimentos, como por exemplo, restauração (restaurantes e bares), construção civil, estafetas (delivery) e motoristas de aplicativos, por exemplo.

É verdade que muitos estrangeiros não se adaptam aqui e acabam de ter de tomar a decisão de voltarem para o Brasil, muitos até pedem ajuda ao governo português. Uma vez sem documentos, sem emprego, muitas vezes se submetem à exploração dos empregadores e não conseguem arrendar um imóvel para morar. Acabam dividindo um imóvel com outras famílias. Mas, os que ficam e permanecem por no mínimo cinco anos com documentos, podem pedir a nacionalidade portuguesa através do tempo de residência, oportunidade que muitos países não oferecem aos estrangeiros residentes.

Mas, o X da questão é como está o mercado imobiliário em Portugal. Será que vai explodir a bolha imobiliária? É muita procura e são poucos imóveis para arrendamento, pois os proprietários têm receio do calote como houve anos atrás e quando há imóveis os valores não condizem com a realidade econômica de Portugal, são muito altos, fora as exigências de rendas e cauções que os senhorios fazem.

Para falar desse assunto tão polêmico, entrevistamos dois profissionais do segmento imobiliário em Portugal, Ana Paula Figueiredo da Capital Imóveis e Renê Padilha da Remax. Ambos brasileiros residentes em Portugal com expertise na área de corretagem, afirmam que a melhor saída é comprar imóvel, mesmo que financiado, assim, o comprador pagará menos no valor da mensalidade do que se optar por um arrendamento. Os vídeos das entrevistas estão disponíveis publicamente no canal Vamu Ver! DOCS no YouTube.

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Cristina Maya

Cristina Maya é influenciadora digital e criadora do Vamu Ver! marca nacional registrada em Portugal pelo INPI, Instituto Nacional da Propriedade Industrial sob o nº 616476.

Postagens nas mídias sociais e no site vamuver.com.
Formada em Letras, lecionou língua inglesa no Brasil. Estudou e morou nos EUA.

Atualmente, promove postagens sobre dicas de viagens, além de tutoriais voltados para Portugal, país onde reside.

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