O que a IATA recomenda para quando viajar com o seu animal de estimação
A IATA (associação Internacional de Transporte Aéreo) não aconselha o uso de sedativos ou tranquilizantes para os animais a serem transportados como carga ou como bagagem de cabine devido ao potencial de efeitos adversos durante o transporte. Essa visão também é endossada por organizações veterinárias norte-americanas.
A sedação e o uso de tranquilizantes não é recomendada pela IATA, visto que a pressão sanguínea do seu animal vai baixar, e consequentemente, a temperatura corporal e os batimentos cardíacos, estes processos já ocorrem naturalmente, em altitudes elevadas. A pressão atmosférica em uma aeronave durante o voo é equivalente à aproximadamente 8,000 pés (2.438 m).
A sedação em animais saudáveis pode trazer mais riscos do que benefícios durante voos. O uso de tranquilizantes pode comprometer a capacidade do animal de controlar seus próprios movimentos, o que pode aumentar sua angústia e elevar o risco de traumatismos.
A combinação da altitude com tranquilizantes é potencialmente fatal em animais idosos, doentes crônicos ou estressados. O procedimento de manter o kennel em um local não tão iluminado e longe de ruídos altos, vai ajudar a mantê-lo calmo, antes de adentrar a aeronave. Este é o método recomendado e adotado para viagens aéreas.
Caso a administração de sedativos tenha sido feita no animal por razões médicas válidas, os dados do medicamento devem ser claramente, anotados (nome, nível de dosagem, hora e procedimento da administração) na etiqueta fixada no kennel e uma cópia dos registros deve ser anexada aos documentos concernentes ao envio do animal. Este é o procedimento a ser feito com qualquer medicamento administrado no animal para uma viagem de avião, seja nacional ou internacional.
É importante, também, ressaltar que ao ser sedado, o seu animal acaba perdendo o equilíbrio, o que o deixa suscetível a lesões, bem como obstrução das vias aéreas devido às posturas anormais.
Mundança de protocolo
Antigamente, o protocolo para o transporte aéreo de animais domésticos era menos restritivo em relação ao uso de sedativos. Até algumas décadas atrás, sedar animais para o transporte aéreo era uma prática mais comum e frequentemente recomendada para reduzir a ansiedade e o estresse dos animais durante o voo. A tranquilização visava proporcionar uma experiência de viagem mais calma, principalmente em cães e gatos, que poderiam ficar agitados em ambientes desconhecidos e barulhentos.
No entanto, ao longo do tempo, estudos e observações clínicas mostraram que a sedação podia trazer riscos significativos para os animais em voo. Pesquisas demonstraram que os efeitos dos sedativos – como a diminuição da frequência cardíaca, respiração e temperatura corporal – comprometiam a capacidade dos animais de se adaptarem às condições específicas do transporte aéreo, especialmente no porão de carga. Esses fatores aumentavam o risco de desidratação, dificuldade respiratória e até traumas físicos, pois os animais tinham menos controle dos próprios movimentos.
Diante dessas descobertas, as regulamentações foram sendo modificadas para restringir a sedação apenas a casos em que fosse absolutamente necessária e com supervisão veterinária. Hoje, a maioria das companhias aéreas e associações veterinárias desaconselha a prática para animais saudáveis, visando reduzir riscos e melhorar o bem-estar dos animais em viagem.
Fale com o veterinário
Para garantir uma viagem segura e minimizar riscos, é recomendável que animais viajem sem sedação, a menos que uma avaliação veterinária indique que o procedimento é absolutamente necessário. Uma opção, é você conversar com o veterinário que atende o seu animal e questionar quais métodos adotar a longo prazo. Sugerimos o uso de remédios homeopáticos ou o uso de florais.
Desejamos que você o seu animal tenha um ótimo voo!
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