Já estou acostumada a pagar micos nas viagens internacionais (e nas nacionais também!) Para quem não conhece essa expressão popular brasileira “pagar mico”, quer dizer que passou vergonha, cometeu gafe, cometeu um erro. O que é óbvio para os moradores de uma localidade, para outros é pura novidade carregada de surpresa, por vezes não tão boa assim…
Mesmo no Brasil, já passei vergonhas em viagens, imagina fora dele!
Teve um mico de viagem, que lembrei agora, esse eu paguei em uma visita à casa onde o compositor Mozart nasceu, em Salzburg, na Áustria. Estávamos eu e mais dois amigos andando e conhecendo cada cômodo do recinto, e de repente eu entrei um um e deparei-me com um casal no meio da sala, falando entre eles, com tom alto, gesticulando, e parei de frente para eles para observar. JURO que eu pensei que fosse um daqueles esquetes que os artistas fazem para reproduzirem os modos da época e tal.
Depois de um tempo, eles pararam e olharam pra mim, mesmo sem entender uma palavra que eles tinham dito, eu quase exclamei BRAVO! Ainda bem que não o fiz! Minha amiga chegou na hora e perguntou “Cris, o que você está fazendo aí?” em tom de reprovação. E eu respondi “Estava assistindo a essa mini apresentação.” E ela retrucou “Vamos agora! Você não está vendo que eles estão discutindo!?!” Eu passada de vergonha, saí, imediatamente!
Nossa, tenho tantos micos a relatar, que posso fazer uma série especial, se vocês quiserem. Mas, no vídeo abaixo, relato cinco que passei em Portugal, nos primeiros meses assim que cheguei para morar.