Com a documentação certa e os cuidados necessários, o seu pet pode viajar com outra pessoa de forma segura
Há sete anos, deixávamos o Brasil rumo a Portugal com cinco animais, duas cadelas e três gatos. Apesar de toda a documentação de cada um deles ter sido minuciosamente avaliada várias vezes, um detalhe nos pegou de surpresa – dias antes do embarque, descobrimos que não havia vaga para todos os pets voarem conosco na mesma aeronave. Quando recebemos a notícia que foi um balde de água daqueles bem cheios e com água gelada!
Soubemos que os pets não poderiam viajar conosco, quando liguei para confirmar as reservas e saber como faríamos o pagamento, já que íamos fazer uma parte no cartão de crédito e outra em espécie. Eu liguei para a TAP e o funcionário afirmou que não havia mais lugar no porão da aeronave. Eu retruquei que já tínhamos feito as reservas há algum tempo, não tinha sido nada em cima da hora. Foi quando ele informou que, a reserva apenas não assegura que o animal vá viajar, o que de fato confirma é o pagamento. Ou outro passageiro foi mais rápido e fez o pagamento do seu pet antes de nós ou o volume do porão foi preenchido com malas e outros itens, daí a falta de espaço no compartimento.
Então, corremos para o aeroporto, fiz questão de ir direto ao guichê da TAP para efetuar o pagamento e conversar pessoalmente com um funcionário. Fizemos o pagamento das reservas dos três gatos que voariam comigo, todos sempre viajam no porão. Eu prefiro assim. Já voei anteriormente, do Rio de Janeiro para Miami e vice-versa e sempre todos chegaram seguros e vivos no porão. Tenho receio que comecem a miar e que possam incomodar os outros passageiros na cabine. O voo era noturno, todos precisam e têm o direito de descansar. Nunca se sabe… Gatos são gatos, imprevisíveis.
Bem, então após o pagamento dos lugares para duas caixas de transporte, uma com o Rufus e a outra com a Pérola e o Piu, que viajaram juntos, mudamos a data do voo do meu marido para o dia seguinte ao meu e pagamos os lugares das duas cadelas.
Como todos os documentos de todos os pets estavam em meu nome, incluindo o CVI, que é o documento principal para o embarque de cada um deles, preferi fazer uma autorização para que ele viajasse com as duas cadelas, além do mais, nós não somos casados no civil, não temos documento de união, eu vim com visto de residência e ele como turista. Esse conjunto de fatores, poderia gerar algum impedimento, então evitamos qualquer tipo de problema tanto para o embarque deles no Brasil, quanto para o desembarque e na passagem pela imigração aqui em Lisboa.
E o que aconteceu? Deu tudo certo, ufa! Embarquei com os três gatos e algumas malas. Passei pela imigração, apresentei o meu passaporte com o visto de residência e no saguão, peguei as caixas com os gatos e logo fui verificar se estavam bem, sim, estavam. Em seguida, os levei para a perícia veterinária na sala da DGAV. Fiz o pagamento do procedimento, o veterinário verificou a documentação e em seguida fez liberação deles.
No dia seguinte, o meu marido fez o mesmo procedimento. Deu tudo certo, no embarque e na imigração aqui. Ele mostrou a documentação das cadelas e disse que eu tinha chegado aqui no dia anterior, mostrou a autorização feita por mim, com os meu dados todos. O agente de imigração virou a tela para ele e mostrou a minha foto com os meus dados com as informações da minha entrada.
Deixarei aqui o link para acesso à autorização para viajar ou despachar animal, disponível no site da Vigiagro. É um arquivo editável em pdf. Caso precisem de mais informações de como viajar com animais de estimação para o exterior, temos mais artigos com o passo a passo e também tutoriais e entrevistas no canal I Love Pets no YouTube.